Dezanove de Junho de 2008, 21h45. Foi por esta altura, mais minuto menos minuto, que chegou ao fim uma das eras mais marcantes do futebol português. Em Basileia, a Selecção Nacional caía aos pés da Alemanha de Schweinsteiger e Ballack, dizendo adeus ao EURO 2008 e a Luíz Filipe Scolari. O técnico brasileiro deixou a equipa das quinas seduzido pelas libras de Abramovich, depois de cinco anos em que o saldo do seu labor é francamente positivo. Fui e serei sempre um defensor do trabalho desenvolvido pelo treinador brasileiro na FPF. É certo que cometeu alguns erros na sua estadia em Portugal, que foi teimoso nalgumas escolhas e perdeu o “tino” com o sérvio Dragutinovic. Mas tal não apaga o mérito de cinco anos em que o futebol português e a selecção nacional se transfiguraram por completo. Cinco anos em que a “equipa de todos nós” fez justiça a este sufixo. Cinco anos em que Portugal, dentro das quatro linhas, encarou olhos-nos-olhos as maiores potências mundiais. Cinco anos em que a FPF deixou de estar ao serviço dos interesses de uma minoria. Depois destes cinco anos, só nos resta dizer “Obrigado Scolari”. E desejar que o seu sucessor seja alguém com o mesmo perfil técnico e humano, e não um daqueles técnicos que desde há semanas (anos...) andam a “mendigar” por reconhecimento público.
Carlos Pinto
Carlos Pinto
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