sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Uns são filhos, outros enteados


© inter.it


Pélé (na foto), do Vitória de Guimarães para o Inter de Milão (e logo com estreia a titular no Camp Nou, diante do Barcelona de Deco, Messi, Henry, Eto'o e Ronaldinho).

Antunes, do Paços de Ferreira para a AS Roma (de Totti, Giuly e Cicinho, entre outros).

De um momento para o outro, dois jovens futebolistas portugueses (20 anos apenas) deixaram para trás as intrigas do futebol luso para reforçarem duas das equipas de topo do Calcio e sérias candidatas à vitória final na Liga dos Campeões.

Até aqui nada de novo. Afinal, desde que Paulo Futre se mudou das Antas para o Vicente Calderón, casa do Atlético de Madrid, em 1987 que nos habituámos a ver os jovens valores portugueses a emigrar para campeonatos mais competitivos e extremamente atractivos do ponto de vista financeiro.

Contudo, estas duas últimas mudanças levam-me a questionar o peso e a medida da generalidade da imprensa portuguesa. E não apenas a desportiva.

É que ainda recentemente houve jovens (e não tão jovens) a trocarem Benfica (Simão), Sporting (Nani) e FC Porto (Pepe e Anderson) por emblemas europeus de maior ou menor nomeada.

Na altura, foram poucas as páginas e os minutos de tempo de antena para infinitas (e redundantes) entrevistas no aeroporto, antes da apresentação, já com a nova camisola, ao lado do novo treinador, com os novos colegas...

Mas Pélé e Antunes não eram atletas dos "grandes". Pertenciam a emblemas "secundários" do futebol nacional. E por isso pouco se falou nestas duas mudanças... Apenas uma ou outra entrevista lá para o meio dos (tele)jornais, que as manchetes têm outros donos.

É caso para dizer que uns são filhos e outros enteados... Ou será apenas uma duvidosa questão de "critérios editoriais"?

Carlos Pinto

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Regresso agri-doce


O Mineiro Aljustrelense encerrou o seu plantel para 2007-2008 com a contratação de Ricardo Catchana.

O regresso do jovem avançado a Aljustrel é, sem dúvida, uma execelente notícia para todos os adeptos do emblema da vila das minas, mas não deixa de causar uma sensação "agri-doce" em todos aqueles que olham para o fenómeno do futebol regional com alguma atenção.

E porquê?

Porque se por um lado a contração de Ricardo Catchana representa uma clara mais-valia para que o Mineiro alcance os seus objectivos na Série F da 3ª Divisão Nacional, o seu regresso aos relvados do Baixo Alentejo representa um passo atrás - isto sem colocar em causa o prestígio do emblema sedeado em Aljustrel - na carreira de um dos mais virtuosos futebolistas nascidos no distrito.

Tudo isto encerra uma questão: terá Catchana capacidade para superar este "acidente de percurso"?

Penso bem que sim. O Mineiro e o futebol agradecem...
Carlos Pinto

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

De volta

Tão prolongada quão indesejada, colocamos agora ponto final na nossa ausência da blogosfera.

O "Distritalão" de 2007-2008 já mexe e as novidades são mais que muitas.

Fique atento ao "Correio da Bola"...