Reinventar o Desportivo de Beja

Há quase 40 anos que o Desportivo de Beja vive em sobressalto. Emblema máximo da região, com um percurso importante e uma mobilização de pessoas que o puseram nesse patamar, o emblema bejense tem suportado crises atrás de crises, sem que uma boa parte da cidade pareça importar-se com o problema. Aliás, hipocritamente, muitos daqueles que em determinados momentos andaram a apaparicar o Desportivo de Beja, hoje olham-no com sobranceria, manifestando-se alheios ao seu doloroso estado.
A verdade é que sempre faltou ali um projecto coerente. Uma ideia e um rumo para sustentar o clube, dar-lhe sólidas raízes e lançá-lo em desafios com medidas justas. Pelo contrário, o Desportivo sempre foi empurrado para sonhos acima das suas possibilidades. Sem alicerces ou sensatez!
O resultado aí está: sucessivas facturas e dificuldade para resolver que obrigam a reinventar soluções e novas estratégias. O emblema da rua do Sembrano está em coma e, em bom estilo popular, o que aí vem é mais meia-dúzia de receitas para “tapar buracos” e “mantê-lo ligado às máquinas”, impedindo que desapareça de uma vez por todas.
Que fazer, então, com este Desportivo de Beja? Muito sinceramente, achamos que o primeiro passo tem de ser uma refundação. O actual clube está infectado com problemas e só alguns paliativos não chegam para a verdadeira cura. Em síntese, falando curto e directo, é preciso acabar com o Clube Desportivo de Beja e formar um Desportivo de Beja Clube, ou outra qualquer designação que se entenda adequada. E este processo deve ser assumido frontalmente pelos sócios e pela cidade.Autarcas, empresários, sociedade civil, devem compreender que Beja precisa de ter um clube com expressão e dinâmica. Um clube que aposte no futebol jovem, que tenha modalidades, que abra uma sede nova e dinâmica, que tenha ambição realista no futebol sénior. No fundo, um emblema que dê expressão e seja estandarte de uma capital de distrito. E neste caso, como noutros, são as pessoas de Beja que têm de contribuir para ter um clube assim e não estar à espera que a solução nasça do céu…

AJB

FC Castrense sem margem para erros

Catorze pontos em 13 jornadas foi o saldo do FC Castrense na primeira volta da primeira fase da Série F da 3ª divisão nacional. Em entrevista ao “Correio Alentejo” desta sexta-feira, 19, o brasileiro Alex, capitão da equipa, não esconde que a turma de Castro Verde podia estar mais tranquila no campeonato. Ainda assim, o médio está confiante na manutenção, desde que a equipa não cometa os erros já cometidos em algumas partidas. "Vem aí o próximo jogo em casa, começa a segunda volta e vamos ver se tomamos balanço para sair desta situação. Agora não podemos errar. Uma falha neste momento pode ser fatal", afiança.

Torneio de hóquei em patins na cidade de Beja

As selecções regionais de iniciados do Alentejo, Setúbal, Ribatejo e Leiria disputam este fim-de-semana, dias 20 e 21, o torneio inter-associações Natal 2008 em hóquei em patins. A prova vai ter lugar no Pavilhão Municipal de Beja, sendo organizada pela Associação de Patinagem do Alentejo. A competição arranca às 15h30 de sábado, 20, com o jogo entre as selecções do Alentejo e Setúbal. Seguem-se as partidas Leiria-Ribatejo (16h30), Alentejo-Leiria (21h00) e Ribatejo-Setúbal (22h00). O torneio termina domingo, 21, com os jogos Alentejo-Ribatejo (10h30) e Setúbal-Leiria (11h30).

Nacionais de natação em Sines

A Piscina Municipal Carlos Manafaia, em Sines, recebe este fim-de-semana, dias 20 e 21, os campeonatos nacionais de clubes da 1ª e 2ª divisão em natação. A competição vai contar com a participação dos principais nadadores do país, entre os quais alguns dos atletas que em Agosto participaram nos Jogos Olímpicos de Pequim. Entre os emblemas presentes na competição vai estar o Clube de Natação do Litoral Alentejano, cuja equipa masculina milita no campeonato nacional da 2ª divisão.

Fim-de-semana de Taça no distrito de Beja

Realiza-se este fim-de-semana a segunda eliminatória da Taça do Distrito de Beja, com 16 equipas a tentar a passagem aos quartos-de-final da prova. Entre os oito jogos programados, apenas dois são entre equipas da 1ª divisão: em Beja, o Desportivo recebe o Milfontes, enquanto que o Aldenovense vai tentar confirmar as “credenciais” que tem na competição no terreno do FC São Marcos. Ambos os jogos estão agendados para as 15h00 de domingo, 21, assim como as partidas: São Domingos-FC Serpa, Messejanense-Piense, Moura AC-Salvadense, Guadiana de Mértola-Despertar e Cabeça Gorda-Rosairense. A única partida antecipada para sábado, 20, é o Santa-Clara-a-Nova-Barrancos. Nos juniores, têm lugar no sábado os quartos-de-final da Taça do Distrito de Beja, com as partidas: Bairro da Conceição-Odemirense, Mineiro Aljustrelense-FC Serpa, Piense-Santo Aleixo da Restauração e Desportivo de Almodôvar-Aldenovense.

Distrito de Beja acolhe selecção de futsal

A Selecção Nacional de futsal vai realizar em Janeiro um estágio de preparação no Baixo Alentejo. Ricardinho e companhia devem permanecer na região entre os dias 10 e 14 de Janeiro, disputando dois jogos de preparação amigáveis com uma equipa ainda por definir.
“Este estágio insere-se naquilo que temos vindo a defender, que é a vinda de mais selecções nacionais [à região], de forma a possamos divulgar um pouco por todo o distrito o futebol e o futsal”, explicou ao “Correio Alentejo” o presidente da Associação de Futebol de Beja, Fernando Dionísio. Os pavilhões municipais de Beja e Aljustrel deverão acolher as duas partidas previstas, estando também sobre a mesa a hipótese de Serpa receber um jogo. Este mini-estágio no Baixo Alentejo servirá para os melhores futsalistas do país continuarem a preparar a sua participação na fase de apuramento para o Campeonato da Europa (na Hungria em Janeiro de 2010), que se realizará em Viana do Castelo entre 19 e 22 de Março de 2009, frente às selecções da Polónia, do Azerbaijão e do vencedor do Grupo D da fase preliminar: Israel, Finlândia, Turquia e Montenegro.

Desportivo de Beja em crise

Os sócios do Desportivo de Beja reúnem esta sexta-feira, 12, em assembleia geral, numa sessão que pode, mais uma vez, ser decisiva para o futuro do emblema da Rua do Sembrano. Na edição desta semana do “Correio Alentejo”, o presidente Nuno Abreu revela que o clube precisa, "para se orientar", de 100 mil euros e não esconde que dificilmente continuará no cargo.

Fórum debate "Beja e o Desporto"

O auditório da Biblioteca de Beja, recebe este sábado, 6, a partir das 10h00, o fórum “Beja e o Desporto”. A iniciativa é da responsabilidade da autarquia local e entre os oradores conta-se Jorge Adelino, do Instituto do Desporto de Portugal.

Mineiro Aljustrelense em grande na 2ª divisão nacional

O Mineiro Aljustrelense terminou a primeira volta da primeira fase do campeonato da 2ª divisão nacional na segunda posição e o objectivo da manutenção está cada vez mais próximo.
Esta sexta-feira, 5 de Dezembro, pode ler no “Correio Alentejo” a entrevista a Carlos Estebaínha, um dos capitães da equipa, sobre a prestação da formação tricolor nestes primeiros cinco meses de temporada.

"Estamos preparados para a segunda volta. Sabemos que a 2ª divisão é complicada, mas já que chegámos a este ponto em segundo lugar – quando faltam sensivelmente três meses para acabar o primeiro campeonato – vamos continuar a trabalhar até à exaustão", garante o jogador.

A crise do futebol

Durante dias não se falou de mais nada. De entrevistas a conferências de imprensa, tudo serviu para analisar a insustentável situação dos jogadores do Estrela da Amadora, que esta época ainda não viram um mísero cêntimo ser depositado na sua conta bancária, apesar de já estarem cumpridos quatro meses de temporada. Mas esta é uma situação em que muitos falam com elevadas doses de solidariedade e poucos actuam em conformidade para a sua resolução. Porque, na verdade, o problema está na verdadeira dimensão do futebol nacional, onde, à excepção dos três grandes e de duas ou três instituições, todos os clubes vivem acima das suas possibilidades. E não se pense que tal sucede apenas no mundo do futebol televisionado. Nos escalões ditos amadores (que só o são no papel), muitos clubes prometem “subsídios” principescos a executantes de fraca qualidade, suportados em dirigentes carolas ou autarquias benévolas. Até que, tal como em Wall Street, a “bolha” rebenta. Depois, instala-se a crise, os sócios afastam-se e os clubes entram nas “vielas da amargura”. Cada vez mais, é preciso transformar o mundo do futebol, tanto no plano nacional como a nível distrital, apostando na formação e no realismo. Não concordarão os sócios do Desportivo de Beja?

CP